Tema 12 - O genius como ícone dos anos 80 ... , por guga_bruno


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Inicialmente queria falar do genius de forma descritiva . Então comecei a pensar no que eu poderia escrever sobre suas cores e lembrei de como os sambas-enredos trabalham exatamente desse modo . Pensei então em fazer um ! A ideia foi crescendo e acabei decidindo por falar mal dos anos 80 ( coisa que adoro ) , aumentando o universo , e tomando o genius como ponto de partida . Foi um grande desafio : compor num estilo bem diferente do que estou acostumado ( respeitando seus padrões musicais , harmonias , melodia , estrutura ) e desenvolver uma letra que fizesse referências quase o tempo inteiro a um assunto de forma bem abrangente , como é uma década . Como avaliação , achei que faltou um pouco de ordem , de linha de pensamento na letra , resultado , certamente , do fato de termos um prazo a cumprir ! Ah , a base de percussão peguei de um CD do Tom Zé ( jogos de armar ) !!!


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o genius como ícone dos anos 80 e seu papel agregador de referências

verde que te quero verde
azul como um lindo balão
biquini de bola amarelo
canivete vermelho
é a tijuca em ação

um corte de cabelo anos 80
e como um filho do dunga e xororó
a moda era calça santropeito
bota mais gel no cabelo
pra te fixar melhor

aumentar o chorus na guitarra
o teclado é um farra
e reverb à exaustão

vem com a moleque da tijuca
pra dos anos 80 falar mal
se é samba-enredo tem que ter
magia , alegria e carnaval

explode
a fantasia em 4 cores
o genius mandou
a gente seguiu
o jogo da vida produziu
um milionário por semana
que o detetive investigou
capitão mostarda na cozinha com a faca
tá querendo assassinar
rocky balboa tá na lona
levanta pra se atualizar

deixa os 80 pra lá
atrás do muro
e corra de volta pro futuro

Um comentário:

leoschuery disse...

Esse samba supera muito samba de enredo das escolas desde os anos de, ironicamente, 1980 para cá. Gostei da melodia!

Concordo com a chamada para desligamento do passado mas não com a delimitação proposta: os anos 80 e o futuro - acho que seria para o presente.

E dá-lhe Tijuca (sem malabarismos, o circo hoje é na Praça Onze e, quanta tristeza, dentro do Sambódromo)!