Para baixar , clique aqui .
----
Bom, eu sempre tive vontade de fazer uma música mais experimental com uma "letra" declamada. Mas, faltava-me a oportunidade...até aparecer esta foto, hehe! A música segue uma linha meio atonal (afinal de contas, os bêbados não são todos atonais?) com uma espécie de restauração de tonalidade no acorde final dela. A letra, por sua vez, não é cantada, é declamada totalmente torta, pra fazer jus ao estado etílico de uma das personagens da fotografia. Pra escrever a letra, eu imaginei a foto como se fosse um cartão-postal...e coloquei o bêbado e a estátua de Carlos Drummond como figuras coadjuvantes de todo o cenário apresentado!
Enfim, é isso....apenas voz, piano e uma certa dose de experimentalismo!
----
Da paisagem
( Gabriel Menezes )
Hoj'o som da minha voz e minhas letras
vão se calar pra dar lugar a'ma carta.
Um'história d'imagens e mil surpresas
de quem sente saudades do que deixou pra trás.
Sem muitas pretensões, só quero desenhar
esta nobr'epístola tão-só abstrata.
Se serei honesto, eu não sei revelar
mas, decert'o curso da orla será meu cais.
Eu começo pelos atores principais,
encerram-se no mar com' prata num'arca.
Olvidam a arei'e seus cartões-postais,
sem algum protetor solar não haverá paz!
A calçada repleta com maresia...
Faz uma falta perder-me por tal barca
e, exausto, deitar-me na poesia
pintada no mísero banco que se desfaz.
(...)
Ahh, quase ia me esquecendo.....do grande vate, descalço e de bermuda, a reclamar versos vagabundos para uma estátua ébria e tagarela!
vão se calar pra dar lugar a'ma carta.
Um'história d'imagens e mil surpresas
de quem sente saudades do que deixou pra trás.
Sem muitas pretensões, só quero desenhar
esta nobr'epístola tão-só abstrata.
Se serei honesto, eu não sei revelar
mas, decert'o curso da orla será meu cais.
Eu começo pelos atores principais,
encerram-se no mar com' prata num'arca.
Olvidam a arei'e seus cartões-postais,
sem algum protetor solar não haverá paz!
A calçada repleta com maresia...
Faz uma falta perder-me por tal barca
e, exausto, deitar-me na poesia
pintada no mísero banco que se desfaz.
(...)
Ahh, quase ia me esquecendo.....do grande vate, descalço e de bermuda, a reclamar versos vagabundos para uma estátua ébria e tagarela!
----
Um comentário:
hauhauah
típico!
show, irmão!
Postar um comentário